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No Dia Mundial da Conscientização do
Autismo o Blog Gota D’Água apresenta
dados estatísticos e características importantes para se conhecer mais sobre o
transtorno. Conhecendo evitamos preconceitos e avançamos em direitos:
AUTISMO
E INCLUSÃO ESCOLAR
O número de alunos com Transtorno do Espectro
Autista (TEA) que estão matriculados
em classes comuns no Brasil aumentou 37,27%
em um ano. Em 2017, 77.102 crianças
e adolescentes com autismo estudavam na mesma sala que pessoas sem deficiência.
Esse índice subiu para 105.842
alunos em 2018.
Os dados foram extraídos do Censo Escolar,
divulgado anualmente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
São considerados tanto os estudantes de escolas públicas quanto de
particulares.
O aumento no número de matrículas acompanha
uma exigência legal: pelos princípios constitucionais, nenhuma escola pode
recusar a entrada de um aluno por causa de uma deficiência – nem mesmo as da
rede privada. Há, inclusive, uma política nacional específica para pessoas com
TEA, sancionada em dezembro de 2012.
Pela Lei Berenice Piana, como é
conhecida, é direito da pessoa com autismo o acesso à educação e ao ensino
profissionalizante.
Mesmo com os avanços permanece um desafio: ir
além da mera presença em sala de aula. É necessário assegurar que os alunos com
autismo estejam aprendendo e, para isso, ainda faltam recursos de diversas ordens:
adaptação de conteúdos para alunos com
autismo, formação adequada de professores, ações de combate ao bullying,
elaboração de avaliações específicas.
Não é possível sequer afirmar que todos os
alunos com autismo têm as mesmas necessidades. Alguns podem precisar de uma
maior flexibilização do currículo. Outros exigem um acompanhante que desenvolva
um sistema de comunicação alternativa com o professor regente e os colegas – a
expressão verbal é um dos principais pontos de dificuldade de pessoas com TEA.
Há quem precise, além disso, de um cuidador para questões de higiene pessoal.
DIA
MUNDIAL DE CONSCIENTIZAÇÃO - SAIBA MAIS
A nomenclatura mais moderna, de acordo com o
Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais, é mesmo a sigla “TEA”. É um "guarda-chuva"
que inclui pessoas em diferentes condições.
No chamado “autismo clássico”, que
costuma ser diagnosticado por volta dos 3
anos de idade, os sinais mais comuns são:
Ter
dificuldade em interação social, como não olhar para o interlocutor ou manter
uma distância grande dele;
Não
compartilhar interesses e experiências com os outros;
Não
reagir a emoções, como por exemplo a criança que vê que a mãe se machucou, mas
não faz carícias ou dá beijo para consolá-la;
Fazer
movimentos repetitivos;
Não
desenvolver a linguagem oral ou apenas repetir frases ouvidas;
Necessitar
de uma rotina muito inflexível, sem mudanças em caminhos para a escola ou ordem
de compromissos na semana.
No outro extremo, chamado Síndrome de Asperger, o desenvolvimento
da linguagem pode até ser equivalente ao da média das crianças. Mas há sinais
como:
Desinteresse
em compartilhar gostos;
Dificuldade
em socialização;
Falta
de empatia ou de ter reações em grupo;
Interesse
por assuntos muito específicos;
Comportamento
repetitivo;
Sensibilidade
alta ou baixa nos 5 sentidos (como irritação em ambientes barulhentos).
O Blog Gota D’Água reproduziu informações
da reportagem especial de Luiza Tenente do G1 que pode ser acessada na íntegra
pelo link a seguir:
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