Imagens: CMPM |
Aconteceu ontem (20) a III Conferência
Municipal de Políticas para Mulheres na Escola Estadual Delmiro Gouveia.
Representatividade, enfrentamento à violência contra a mulher, participação
política, empoderamento, empreendedorismo feminino, resistência para enfrentar
os retrocessos foram alguns dos muitos temas que permearam as palestras e salas
divididas por eixos.
Ana
Tereza, presidenta do conselho e coordenadoria da mulher falou
sobre a importância do evento:
“A
3 CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A MULHER, serviu não apenas
para apontar o caminho a ser trilhado nos próximos anos no nosso município, mas
também serve de base para indicação dos delegados para a Conferência Estadual e
por conseguinte a Nacional, se houver. Um momento delicado o nosso país passa,
vai além da crise econômica e política. Um período onde está em xeque a
tolerância das mais diversas formas, sejam elas, religiosas, de gênero, raça,
como também do papel da mulher na nossa sociedade! O machismo tem dado sinais
claros quanto a isso! Precisamos combatê-lo, porém sem perdemos o prumo e nem
muito menos a nossa voz. Discutimos isso, o nosso fortalecimento perante o
governo municipal, Estadual e Nacional! Precisamos cada vez mais de momentos
como este, em pensar o país e o mundo para todos! A nossa sensibilidade é um
dos diferenciais para a construção de um Brasil melhor para todos!”
Questionada sobre os pontos positivos e
negativos do evento:
“Pontos
Positivos: Nem todos os municípios conseguiram realizar suas conferências,
estamos na nossa 3ª; Sabemos que haverá a Estadual, o Governador garantiu isso,
porém não há ainda sinalização por parte do Governo Federal em realizar a
Nacional, o que seria mais um retrocesso nas políticas públicas. Participação
efetiva de algumas mulheres da área rural, dos mais diversos segmentos. A
escolha das Palestrantes, que conhecem as realidades da nossa região, uma
professora e a outra índia; O local da reunião foi excelente, fácil acesso,
amplo; Participação de vários jovens;
Pontos
negativos: Poderia haver uma maior participação das mulheres do município,
principalmente da zona urbana, muitas e muitas vezes há o questionamento do que
poderia ser feito e em momentos como esses, específicos, simplesmente não se
fazem presentes para opinar na construção de projetos, programas, sugestões
para o Município, Estado ou País; A participação de algumas pessoas apenas no
início. Na hora de apresentar as
propostas na plenária, acho que só tinha a metade das(os) participantes.”
Destacou.
Fabiane
Kelly, sindicalista, conselheira e delegada na conferência
declarou:
“Em
tempos de fascismo onde o governo ditador extingue conselhos, não quer a
realização de conferência, persegue as mulheres, Petrolândia-PE reativa
Conselho Municipal de Direito da Mulher, realiza a III Conferência Municipal de
Políticas para Mulheres, com a participação de 180 mulheres, entre elas
representantes do espaço rural, urbano, assentamento. Destaque para a
participação da juventude que debateram nos eixos e foram para plenária
apresentar as propostas como: Patrulhamento Maria da Penha, com apoio da Guarda
Municipal; Reuniões do Conselho descentralizadas, para que estudantes e pra
quem mora no espaço rural possam participar.
Tudo
isso só é possível com investimento/ orçamento.
As
Mulheres solicitaram na conferência Municipal de Assistência Social e hoje a
abertura do CREAS Municipal porque no que se refere às violações de direitos
estamos descobertas.
Diferente
de outras conferências as pessoas estão percebendo a importância de ocupar
lugares de fala e decisões, tivemos uma renovação, não apenas em participação,
como em falas riquíssimas que prometem um futuro promissor.”
Maria Helena, delegada na conferência, funcionária
pública e sindicalista, destacou:
“A
III Conferência Municipal de Políticas para as mulheres de Petrolândia foi
diferenciada das anteriores pelo quantitativo de mulheres representantes de
vários segmentos, como também a participação em massa das jovens, que é nosso o
futuro, pelo interesse em contribuir e lutar por uma democracia de igualdade de
direitos entre homens e mulheres.”
Para a etapa estadual foram eleitas,
representando sociedade civil, delegadas as professoras Raiane Sales e Adriana Gomes
de Araújo.
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