Imagens: reprodução |
Dia 27 de setembro de 2019, início da
festa de São Francisco no município de Petrolândia – PE, em meio
a quermesse e atrações de peso para a região o que veio a ser o
assunto a mais repercutir foram as crianças. Naquela noite durante a
atração principal duas meninas roubaram a cena só que da pior
forma.
Durante a apresentação de "Samyra Show" duas menores subiram no palco para dançar rebolando
a té o chão, como se não bastasse estarem ali ouvindo músicas que
têm como principais temas sexo e bebidas, ainda foram exposta de
forma extremamente sexualizada. Na mesma semana que um programa de TV
nacional exibia meninas de maiô para terem os corpos julgados a
exposição ocorrida em Petrolândia virou o principal assunto em
todos os blogs e grupos de Whatsapp.
O
que não foi comentado é que a poucos metros de onde a infância vinha
sendo atacada havia uma resistência. Um pouco antes num palco menor,
com menos gente, menos produção e menos apoio as meninas do
Pastoril Esperança se apresentavam. Ali em frente a igreja crianças
se apresentando como crianças que são e representando a infância
de muitas senhoras e senhores que saiam da igreja.
Muito
além da disputa travada entre o cordão azul e o encarnado, havia
uma disputa muito maior. Ali, sem perceberem, aquelas pequenas
guerreiras estavam travando uma luta pela memória de um povo, pela
tradição de um lugar e pela infância. Era ali com pandeiros
coloridos e seus sorrisos que elas sem perceberem estavam formando
uma trincheira de esperança.
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