Imagem: José Eduardo Bernardes/Brasil de Fato |
Para além da polarização, e se esse for sempre
o tom a “justificar” mais fraturas à democracia e suas instituições seremos
conduzidos cada vez mais rápido para o abismo, a decisão tardia do Supremo
Tribunal Federal (STF) de,
respeitando a Constituição, vetar execução de pena após condenação em segunda
instância revigora a esperança de que há ainda o que se resgatar.
Desde o golpe orquestrado por parlamentares com
apoio de parte da mídia e judiciário, a destituir, a presidenta Dilma Rousseff, nossa jovem democracia
brasileira seguiu para caminhos obscuros.
Condenação e prisão sem provas, seguido do
impedimento de participar das eleições, Lula
foi preso e passou 580 dias encarcerado. A prisão política, reconhecida assim
mundialmente, foi pintada com as cores do ódio e desmonte social.
Destruição de direitos trabalhistas, da
previdência, entrega aberta de nossas riquezas e soberania, tragédias
ambientais e absolutamente nenhuma melhora na vida do povo brasileiro (só
piora) escancaravam que tanto o impeachment como a prisão faziam parte de um
plano que, posto para disputa nas urnas, jamais passaria pela aprovação
popular.
Ainda assim o povo parecia atordoado. Não
reagia. Até ontem (8 de Novembro), o
histórico dia em que Lula voltou aos braços do seu povo.
Ainda é cedo para prever os próximos passos do
neoliberalismo e fascismo, cedo para saber o quanto significa de retorno à
Constituição e funcionamento pleno da democracia, ainda cedo para saber se a
esperança vencerá o medo mais uma vez.
A única coisa que é possível analisar em tão
pouco tempo é que o amor e a alegria sufocaram o ódio e as fake news e não poderia
haver melhor primeiro passo.
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