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“Mas vocês têm desprezado o pobre. Não são os ricos que oprimem vocês? Não são eles os que os arrastam para os tribunais?” Tiago 2:6
Muitos acreditaram que a pandemia e
isolamento forçado para evitar o colapso da saúde e as milhares de mortes em
sua decorrência fossem unir as pessoas em uma nova formação de consciência
social. Sair da correria da sobrevivência para estar junto aos seus por mais
tempo, diferentes manifestações de fé, unidade de pessoas e grupos que pensam
diferente em prol da saúde. A enfrentar o medo com respeito e refletindo a
lógica da economia, afinal, se é a classe trabalhadora que gera riqueza e ricos,
porque, em meio a crises, não pode ser essa mesma classe protegida pelos que
enriquecem às suas custas?
O conceito de RENDA MÍNIMA voltou a ser
discutido e, ontem (26) aprovado na
câmara em um atendimento que socorrerá 100 milhões de brasileiras e brasileiros.
Mas eis que a extrema direita e bolsonarismo
conseguiram o que parecia improvável: politizar/ideologizar a saúde.
Priorizando os lucros em detrimento das
vidas, Bolsonaro, e, consequentemente seus seguidores, passaram a, através de Fake
News e teorias da conspiração, levantar um movimento de “isolamento vertical”,
onde apenas crianças e idosos seriam mantidos em isolamento, jovens e adultos
deveriam voltar ao trabalho imediatamente desconsiderando que os mais jovens
convivem com crianças e idosos e são também transmissores.
Para dar ênfase ao absurdo usam falácias para
jogar parte da população, confusa, contra os que optaram por respeitar as
recomendações da OMS. Para essa claque genocida e irresponsável, quem se mantém
em quarentena são “parasitas”, ricos, preguiçosos e que “pessoas de bem”
precisam voltar ao trabalho ou irão morrer de fome. Países como Itália, que optaram
por esse movimento, hoje não têm mais sequer onde enterrar seus mortos.
PETROLÂNDIA
Cidade do sertão de Itaparica em Pernambuco
também tem suas personagens irresponsáveis. O ex-prefeito (renunciou com poucos
meses de mandato) e pastor Ricardo
Rodolfo, em suas redes sociais, publicou um vídeo criticando as recomendações
da OMS, assim como os decretos Estadual e Municipal sobre manter a população em
confinamento para evitar a curva de crescimento da pandemia que, se não
controlada, poderá somar milhões de
vítimas até o final de agosto (nesse momento, 27 de Março, ainda início da crise, o Brasil já conta com 3.306 infectados e 77 mortes), nosso município contabiliza duas suspeitas.
Os argumentos: A ideologização do problema
que é de todas e todos à base de terrorismo, falácia e teoria da conspiração.
Chama a medida de pandemônio e insinua um complô da esquerda e mídia (hoje a
mídia já não é mais fonte segura a esse grupo) atuarem para parar o Brasil e prejudicar
o seu político de estimação, o irresponsável e inepto Jair Messias Bolsonaro.
Pelo menos 1.178 pessoas morreram
de covid-19 nos EUA, inclusive um
pastor que afirmava ser “histeria” os cuidados perante a pandemia.
O presidente, que não é mais ouvido por
nenhuma autoridade séria do mundo; empresários inconsequentes, que já organizam
carreatas e buzinaços clamando pelo fim do isolamento e líderes religiosos,
como o pastor Ricardo, pedem, do conforto dos seus isolamentos em seus lares,
que você, trabalhadora e trabalhador, MORRA e ponha em risco as vidas dos que
você ama para “movimentar a economia”.
Não se trata de liberdade de expressão quando
a manifestação incita ódio ou atentados contra a vida.
MAS
COMO AS PESSOAS VÃO SUSTENTAR SUAS FAMÍLIAS?
A Câmara dos Deputados aprovou na noite desta
quinta-feira (26), projeto de lei
que garante renda emergencial para trabalhadores autônomos, informais e sem
renda fixa durante a crise provocada pela pandemia de coronavírus. A proposta
segue agora para o Senado. O projeto prevê recursos de R$ 600 para brasileiros em situação de vulnerabilidade social, mas,
na prática, pode chegar a R$ 1.200
por família. O governo Bolsonaro havia proposto inicialmente R$ 200 por pessoa.
Poderão ser beneficiados maiores de 18 anos
que não tenham emprego formal, não sejam titulares de benefícios
previdenciários ou de programas assistenciais. O benefício durará por três
meses prorrogáveis por mais três.
REQUISITOS
PARA RECEBER
Para ter acesso ao auxílio, a pessoa deve
cumprir, ao mesmo tempo, os seguintes requisitos:
- ser maior de 18 anos de idade;
- não ter emprego formal;
- não receber benefício previdenciário ou
assistencial, seguro-desemprego ou de outro programa de transferência de renda
federal que não seja o Bolsa Família;
- renda familiar mensal per capita (por
pessoa) de até meio salário mínimo (R$ 522,50) ou renda familiar mensal total
(tudo o que a família recebe) de até três salários mínimos (R$ 3.135,00); e
- não ter recebido rendimentos tributáveis,
no ano de 2018, acima de R$ 28.559,70.
A
pessoa candidata deverá ainda cumprir uma dessas condições:
- exercer atividade na condição de
microempreendedor individual (MEI);
- ser contribuinte individual ou facultativo
do Regime Geral de Previdência Social (RGPS);
- ser trabalhador informal inscrito no
Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico); ou
- se for trabalhador informal sem pertencer a
nenhum cadastro, é preciso ter cumprido, no último mês, o requisito de renda
citado acima (renda familiar mensal por pessoa de até meio salário mínimo ou
renda familiar mensal total de até três salários mínimos).
Será permitido a duas pessoas de uma mesma
família acumularem benefícios: um do auxílio emergencial e um do Bolsa Família.
Se o auxílio for maior que a bolsa, a pessoa poderá fazer a opção pelo auxílio.
A medida “movimenta a economia” com
dignidade, respeito e proteção aos mais necessitados. Portanto, população, #FicaEmCasa.
Fonte:
Agência Câmara de Notícias
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