sexta-feira, 17 de julho de 2020

EM PETROLÂNDIA PROFISSIONAIS DA SAÚDE FAZEM MANIFESTAÇÃO

Imagens: Léo Lins



Aconteceu hoje (17) a manifestação conhecida como “Insalubridade Já!”, organizado pelo do Sindicato dos Servidores municipais (SINSEMP), filiado à CUT e FETAMPE, e Sindicato Intermunicipal dos Agentes de Saúde (SINDRAS) contou com profissionais da saúde, segurança e serviços urbanos, linha de frente no combate ao Coronavírus no município.
Com o mote “Quem estende a mão para cuidar também levanta a mão para lutar” o movimento reivindica reajuste do valor da insalubridade para seu grau máximo, 40%, visto que estão entre as categorias com maior número de contaminação em Pernambuco. As categorias sempre receberam o valor mínimo previsto, 10%, mesmo, segundo Isaque Almeida, afirmar que há laudos comprobatórios de que, mesmo antes da pandemia, todos deveriam receber pelo grau médio (20%):  
“Temos essa reinvindicação há anos, pois Petrolândia sempre pagou o mínimo, os 10%, e nós, agentes comunitários de saúde, temos laudo técnico que atesta estarmos no grau médio, o que significa um adicional de insalubridade de 20%, mas a prefeitura insiste em dizer que não tem recursos, mas o que todos sabemos é que o município não sofreu perda de arrecadação em relação à saúde.” Declarou Isaque, representante do SINDRAS.
A técnica de enfermagem, Dorilândia Pereira, também falou à nossa reportagem sobre a motivação de ir às ruas em tempo de pandemia:
“Há mais de vinte anos que a gente recebe dez por cento de insalubridade quando outras cidades já pagam vinte. Hoje estamos vestindo preto, mas não é a cor que usamos no dia a dia e isso nos dói, pois o preto não nos representa. Representa luto por tantos que já morreram...é até um ato de sofrimento, pois temos uma gestora que também é enfermeira e não temos reconhecimento. A gente aqui não quer confusão, não quer bagunça, a gente quer reconhecimento da prefeita Jane. Então não vamos nos calar.”
Também falou Wellison em nome dos condutores de ambulância:
“Nós damos nosso suor, sangue e lágrimas em prol da população e no entanto não somos reconhecidos.”
Jonhnatas Almeida, advogado que presta serviço ao sindicato, afirma que, juridicamente, nada impede a gestão em acatar a reivindicação:
“O município recebe esses recursos da União, mas não faz o repasse, pelo contrário, incha ainda mais a máquina pública com intenção de angariar seus votos. Pagar os 40% pode ser resolvido de forma simples, manda a proposta para a câmara de vereadores, tenho certeza que os vereadores acatam, há recursos, os profissionais estão à frente do combate a pandemia com muitos já tendo sido infectados, então nada justifica não pagar (...) Mas, pra piorar, além de não pagar, a prefeita ainda cortou esses 10%, que significa R$110,00, de profissionais que foram obrigados a se afastar, o que é um absurdo...algo totalmente sem sentido que não vai equilibrar receita de nenhum município.” Questionado pela reportagem sobre a justificativa da gestão alegar o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal, responde: “Não é argumento de forma alguma, afinal temos um estado de calamidade pública que flexibiliza a questão dos gastos públicos o que dá respaldo à prefeita se basear nesse decreto. Em situações piores ela conseguiu aprovar suas contas, também irá conseguir concedendo aos servidores o que é seu por direito.”
Em carta aberta o SINSEMP, na pessoa de seu presidente interino, Zezinho, se dirige à população:
O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Petrolândia-PE-SINSEMP/PE, em reconhecimento e valorização dos profissionais da linha de frente no combate ao COVID 19, que são os Profissionais da Saúde, Segurança, Limpeza Urbana e da Assistência Social, luta pelos 40% de insalubridade, destes profissionais que enquanto estamos em casa, aguardando o momento de retornar, os mesmos, estão nas barreiras sanitárias, nas ruas, hospital, UBS, PSF, na luta por todos nós. A luta é legitima e a reivindicação é justa e se faz necessário no momento atual que estamos vivendo. Tendo em vista que se encontra em tramite o Projeto de Lei 744/2020 que garante adicional de insalubridade para os profissionais de saúde em hospitais onde haja atendimento de pacientes infectados pelo novo coronavírus, caso o trabalhador já receba algum adicional de insalubridade em proporção menor (10% ou 20% do salário mínimo), o projeto amplia o percentual para o máximo previsto (40%). Nas cidades vizinhas (Jatobá, Floresta, Ibimirim), e outros municípios, já pagam 20% de insalubridade aos profissionais, enquanto que Petrolândia paga o mínimo (10%). Essa luta é de todos que fazem o serviço público, de todos que estão no enfrentamento da pandemia. Nós precisamos garantir a todos esses profissionais o acesso a insalubridade de 40%, é o mínimo que “um governo comprometido com a saúde do seu povo pode fazer por esses trabalhadores”.
“QUEM ESTENDE A MÃO PARA CUIDAR, TAMBÉM LEVANTA A MÃO PARA LUTAR”.
# INSALUBRIDADE JÁ!
Petrolândia-PE, 17 de Julho de 2020.






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