Na assembleia de hoje (17) ocorrida no Teatro
Guararapes em Olinda definiu pela manutenção da greve, mesmo após as ameaças do
governador Paulo Câmara. Após o evento uma comissão formada por alunos e
professores entregou as deliberações ao vice-governador do estado, Raul Henry.
Durante a assembleia o SINTEPE foi notificado oficialmente pela justiça da
suposta ilegalidade da greve assinada pelo Desembargador do Tribunal de Justiça
de Pernambuco Jovaldo Nunes, que determina a volta imediata das atividades, mas
sindicato vai recorrer através do advogado Eduardo Pinheiro segundo o advogado.
A portaria publicada pelo governo do estado na última terça-feira (14), que
prevê o corte de ponto dos grevistas, rescisão do contrato de temporários e
deslocamento dos trabalhadores que atuam nas escolas de referência, apresenta
diversos pontos contraditórios e que soam como ar de ameaça contra os docentes.
EM
PETROLÂNDIA
As escolas estaduais de Petrolândia aderiram
parcialmente à greve. Estão em greve: Escola Jatobá, Delmiro Gouveia e São Francisco.
Erem Maria Cavalcanti Nunes, Icó Mandantes e Juazeiro continuam funcionando com
base no terrorismo da portaria.
Segundo a equipe gestora das escolas paralisadas a GRE Floresta determinou a organização de um novo horário com professores contratados para quebrar o movimento grevista,
gerando mal estar e dificuldades, pois os professores grevistas se veem na
posição de desfazer as ordens que, de forma submissa, gestores e “apoio”
pedagógico atendem, exigindo do professor contratado que deem aula de qualquer
forma independente da quantidade de alunos. O SINTEPE comunica que não deverão
ser contabilizadas como dias letivos aulas ministradas, em período de greve, a
menos do metade da turma o que significa dizer que essas aulas deverão ser
repostas, gerando um trabalho duplo aos professores contratados.
Foto: Daniel Filho |
Na foto ao lado um exemplo na Escola Delmiro
Gouveia. A gestão fixou cartolina informando o retorno das aulas, ao lado os
professores fixaram uma faixa comunicando a greve. Carros de som e redes
sociais comunicam o retorno das aulas, professores fazem o caminho inverso.
E fica o questionamento: o que aprenderão
estudantes que assistem aulas de professores coagidos arbitrariamente?
O Blog Gota d’água continuará fazendo a
cobertura de todo o movimento. Sugerimos o documentário OAXACA – UM POUCO DE
TANTA VERDADE, que mostra o movimento grevista de professores públicos na
cidade de Oaxaca, no México. Sofrendo das mesmas ameaças e coerções o grupo
docente se manteve firme diante todos os obstáculos impostos. Que sirva aos
docentes pernambucanos que se mantêm firmes na luta.
Abaixo o link:
Segunda tem aula?
ResponderExcluirPedro Alexandre aluno da escola jatobá..
Não
ResponderExcluir