terça-feira, 14 de abril de 2015

SEGUNDO DIA DE GREVE DOS PROFESSORES DA REDE ESTADUAL

Foto: SINTEPE

O governo do estado de Pernambuco, através de notas, tentam aterrorizar professores, mas esses não se deixaram abater. O SINTEPE calcula que cerca de 70% da categoria aderiu ao movimento em todo o estado. Em algumas regionais a adesão chega a 100%.
Ameaças de cortes do ponto, rescisão de contratos e relocação de professores lotados em escolas de referência para a rede regular foram publicados no Diário Oficial, mas não têm qualquer valor legal. O SINTEPE vem a público esclarecer que essas decisões do poder executivo são ilegais, visto que a greve seguiu todos os procedimentos previstos na Constituição Federal em seu artigo 9° e a Lei nº 7.783/89. O sindicato toma como base cenário semelhante ocorrida no Rio de Janeiro, em 2012.
Naquele ano, a Fundação de Apoio à Escola Técnica acionou o Supremo Tribunal Federal sobre a possibilidade do governo daquele estado em descontar os vencimentos dos servidores públicos, que aderiram à greve. Na ocasião, o relator, Ministro Dias Tóffoli, declarou a “ilegalidade do desconto”, onde fez referência a decisão que já havia sido tomada pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Para o TJ-RJ “o desconto do salário do trabalhador grevista representa a negação do direito à greve, na medida que retira dos servidores seus meios de subsistência”.
Além deste exemplo, fica claro para o Sintepe, que, caso o Governo do Estado de Pernambuco siga com a decisão de cortar o ponto dos servidores grevistas, os professores não serão obrigados a repor às aulas dos dias parados. Com isso, o governo deixa claro que quer prejudicar o ano letivo dos alunos da rede estadual, indo de encontro a LBD, que estabelece 200 dias letivos no ano.

O Sintepe reforça ainda que os educadores podem denunciar medidas autoritárias de gestores que estejam desrespeitando a decisão dos trabalhadores em educação. O sindicato já recebeu denúncia de escolas como Padre Dehon (Caxangá) e Caio Pereira (Alto José Bonifácio). Após receber essas informações, o sindicato informa que serão tomadas as medidas cabíveis para coibir esse tipo de postura. Denuncie pelo telefone: (81) 2127- 8876.
Abaixo calendário de mobilização:


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