terça-feira, 9 de junho de 2015

COM O FIM DA GREVE DOS PROFESSORES DE PERNAMBUCO O QUE FICA PARA REFLEXÃO?

Foto: Agência JCMazella/Pablo Kennedy

Definida em assembleia no teatro Boa Vista, em Recife, ontem (8) o fim da greve dos professores de Pernambuco que havia sido retomada no dia 21 de Maio.
A categoria que lotou o teatro considerou a contraproposta do governo que garantiu:
1) Manutenção da incorporação na aposentadoria para analistas com a caída da trava (antes para receber os analistas precisavam trabalhar 5 anos a mais para incorporar a gratificação);
2) Concurso público para 3 mil vagas na rede estadual;
3) Mantida a gratificação de R$ 2.032 para quem trabalha em escolas dos presídios;
4) O governo irá acrescentar R$ 500 mil para a educação por mês, além do valor fixo que é destinado ao setor;
5) Reajuste salarial para os ativos e aposentados de 7,1% dividido em três parcelas de 2%, será aplicado em junho, agosto e outubro;
6) Reajuste do vale refeição de quem tem 200h/aula passa a ser em agosto de R$11,20.
Passa longe do que a categoria almejava, porém é muito para a pouca adesão e compromisso dos profissionais de educação de Pernambuco ao movimento.
Sabendo que temos uma categoria rachada, onde sabemos que podemos contar com poucos a enfrentar mandos e desmandos desse ou de qualquer outro governo, até onde a greve ainda será uma boa alternativa de luta?
Ao SINTEPE fica a necessidade urgente da autoavaliação:

A discussão interna e externa do sindicato é norteada pelas premissas coletivas ou correntes sindicais partidárias?

Como se reencontrar com suas bases sociais para novos futuros embates?

De que forma se dará o processo de politização da categoria que receberá 3 mil novos professores no próximo concurso público previsto para esse ano (2015)?


Tais respostas precisam ser construídas por cada um dos que fazem a educação pública pernambucana que, ano após ano, vê se perder conquistas trabalhistas históricas além da desvalorização salarial constante. 

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