quinta-feira, 8 de outubro de 2015

GRÊMIO ESTUDANTIL. O QUE PENSAM OS QUE NÃO SE OMITEM?

Foto: Daniel Filho

Posse da terceira composição do Grêmio Estudantil consecutiva da Escola de Jatobá

Conversamos com pessoas que se comprometeram com a formação do grêmio escolar em suas respectivas escolas. Maria Ozita de Barros, Técnica pedagógica da Escola Estadual de Jatobá respondeu às seguintes questões:

Daniel Filho: Muitos gestores incluem em seu plano de gestão e Projeto Político Pedagógico da escola o incentivo à criação do grêmio escolar, no entanto encontram dificuldades para tornar realidade. Qual foi o diferencial dessa gestão para a criação e manutenção do grêmio estudantil da Escola Jatobá que já vai para sua terceira gestão?

Foto: Daniel Filho

Maria Ozita: A exemplo de muitos gestores como você bem citou, a gestora dessa escola também incluiu no seu plano de gestão e no PPP da escola o incentivo à criação do Grêmio. Eu acredito que o diferencial dessa gestão é que ela de fato queria o grêmio na escola.  As propostas feitas em campanha deveriam sair do papel e quando alguém se mostrou disposto a enfrentar, foi dado pela gestora e equipe, apoio total, pois foi visto naquele ato um exemplo de democracia.

DF: Quais dificuldades você encontrou e como as contornou?
MO: Na verdade, eu não diria dificuldades. A medida que surgiu a oportunidade de estudar e pesquisar sobre grêmios estudantis, sentiu-se a necessidade de aprofundar nas pesquisas. Com o  desejo de entrar nesse universo foi levada a proposta para a gestão da escola a qual foi recebida com carinho. Iniciou-se então, o processo de conquista dos alunos, esclarecimento, assembleias, campanhas eleitorais, eleição. Acabamos de empossar a diretoria eleita para a terceira gestão. Tem sido um aprendizado constante e significativo.

DF: Quando a escola não tem um grêmio escolar ou mesmo um conselho o gestor costuma alegar que “incentiva, mas ninguém quer”... Você acredita que exista uma escola que possa haver esse nível de omissão onde ninguém se interesse pelos encaminhamentos dos seus recursos?
MO: O processo de atuação do grêmio estudantil na gestão democrática da escola é amplo e é certo que ele pode atuar em todas as instâncias, desde o incentivo aos colegas no desenvolvimento das aprendizagens, com a formação de grupos de estudos; desenvolvendo projetos ambientais cuidando e ajudando a manter os jardins da escola, criar e cuidar de horta escolar; organizar jogos, festas culturais, gincanas; acompanhar merenda escolar; denunciar problemas nas áreas da escola, enfim o campo de atuação do Grêmio é vasto. O Grêmio é um órgão colegiado necessário às escolas. É um espaço onde muitos jovens têm sua primeira oportunidade de entrar na vida social e política. Acredito que em toda escola tem pelo menos uma pessoa que se interesse em orientar e coordenar um grupo de alunos que queiram formar um grêmio estudantil, principalmente quando os alunos já manifestam esse desejo.

POR QUE O GRÊMIO ESCOLAR É IMPORTANTE PARA VOCÊ?

Lançamos essa questão às presidentas do Grêmio Estudantil de suas escolas, Maria Jaiane, da Escola Estadual Icó-Mandantes e Maria Luiza, da Escola Estadual de Jatobá.


Foto: Acervo Pessoal

“O grêmio é importante pra mim porque sempre gostei de estar envolvida em coisas que trouxessem mais liberdade para os alunos colocar em prática suas ideias. Com o Grêmio temos vez e voz para isso. Com responsabilidade e compromisso podemos fazer inúmeras ações que venham afetar, de forma positiva, a escola e comunidade”.
Maria Jaiane
presidenta do Grêmio Estudantil Elite Jovem da Escola Estadual Icó-Mandantes

Foto: Acervo Pessoal

“Porque é uma das primeiras oportunidades políticas na vida de um jovem. Papel de grande importância e responsabilidade para os estudantes eleger de maneira democrática uma diretoria e lutar por melhorias na escola e na comunidade. Desperta no jovem o interesse de ser participativo e conhecedor de que podemos fazer uma política limpa e responsável nos tornando mais politizados. Um Grêmio estudantil pode gerar vários impactos positivos dentro e fora da escola quando ativo e exercido com responsabilidade.”
Maria Luíza
presidenta do Grêmio Estudantil Força Jovem da Escola estadual de Jatobá



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