Imagem: Undime |
A Base Nacional Comum Curricular (BNC) vai deixar claro os conhecimentos
essenciais aos quais todos os estudantes brasileiros têm o direito de ter
acesso e se apropriar durante sua trajetória na Educação Básica, ano a ano,
desde o ingresso na Creche até o final do Ensino Médio. Com ela os sistemas
educacionais, as escolas e os professores terão um importante instrumento de
gestão pedagógica e as famílias poderão participar e acompanhar mais de perto a
vida escolar de seus filhos.
A Base será mais uma ferramenta que vai
ajudar a orientar a construção do currículo das mais de 190 mil escolas de
Educação Básica do país, espalhadas de Norte a Sul, públicas ou particulares.
Com a BNC, ficará claro para todo mundo quais
são os elementos fundamentais que precisam ser ensinados nas Áreas de
Conhecimento: na Matemática, nas Linguagens e nas Ciências da Natureza e
Humanas.
A Base é parte do Currículo e orienta a
formulação do projeto Político-Pedagógico das escolas, permitindo maior
articulação deste. A partir da Base, os mais de 2 milhões de professores
continuarão podendo escolher os melhores caminhos de como ensinar e, também,
quais outros elementos (a Parte Diversificada) precisam ser somados nesse
processo de aprendizagem e desenvolvimento de seus alunos. Tudo isso
respeitando a diversidade, as particularidades e os contextos de onde estão.
A Base é uma conquista social. Sua construção
é crucial para encontrarmos um entendimento nacional em torno do que é
importante no processo de desenvolvimento dos estudantes brasileiros da
Educação Básica. Entender seu real significado e participar da sua construção é
direito e dever de todos.
Os debates acerca da temática são constantes
e geram polêmicas, pois a uns soa como “mais
do mesmo”, afinal, municípios, estados e união já trabalham a partir de uma
base curricular comum.
Portanto o que precisa nortear o debate no
espaço escolar é a reflexão crítica do quanto estamos avançando, institucional
e profissionalmente em nossa comunidade, visto que a mobilização está voltada
para a construção de um instrumento pedagógico aos (às) gestores(as) que venha
a garantir projetos políticos pedagógicos dinâmicos, autônomos com participação
efetiva da comunidade em sua concepção e, mais ainda, em sua aplicação.
USO
DOS PORQUÊS
Por que a fragmentação escolar por
disciplinas e não por áreas de conhecimento?
Por que os conselhos escolares não definem e
mantêm um calendário anual com reuniões periódicas ordinárias para estudar e
garantir o cumprimento do projeto político pedagógico que, por sinal, deve ser
construído junto à comunidade?
Por que não temos Grêmio Estudantil em nossa
escola (ou, se tiver, avaliar o quanto essa agremiação vem contribuindo para a
garantia da aprendizagem na escola)?
Por que não estamos investindo nossas
energias para propiciar o exercício do protagonismo juvenil e a transformação
de hábitos e comportamento a partir de nosso espaço?
Por que falamos em inter e
transdisciplinaridade, mas não conseguimos aplicar de forma clara, objetiva e
contínua essas relações de conhecimento e aprendizagem?
Por que nossas instituições insistem na
burocracia e não na pedagogia?
Por que nos permitimos deixar nas mãos do
outro (secretarias, governos, sindicatos) o que compete a cada um buscar?
Por que tememos tanto os porquês?
Que as mobilizações escolares sejam
construtivas e mantenham o espírito de uma linda fase do desenvolvimento
infantil: a fase dos porquês!
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