Imagem: Blog Gota D'Água.
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Áureo
Cisneiros, presidente do Sindicato dos Policiais Civis de
Pernambuco (SINPOL), foi notificado
pela Corregedoria Geral da Secretaria de Defesa Social (SDS) através de um documento que pode resultar em sua demissão. Ele
foi condenado em seis Processos Administrativos Disciplinares (PADs) e ainda responde a 16.
Imagem: Facebook - reprodução |
“Eu
estou afastado, não estou desempenhando função de policial, de ir pras ruas.
Então, esses processos são unicamente por atuação sindical”,
afirma Áureo. “Fui
punido duas vezes. Fiquei 140 dias afastado, sem receber salário, por conta das
condenações. E, agora, chega esse pedido de demissão. É um absurdo o que o
governo de Pernambuco faz. Então, a gente acredita, sim, que é uma perseguição
sindical”.
A Secretaria de Defesa Social disse que Áureo
Cisneiros não foi excluído da Polícia Civil de Pernambuco, que respeita o livre
exercício de manifestação, e reafirma que o amplo direito de defesa é garantido
em todos os processos disciplinares. Áureo tem o prazo de dez dias para
apresentar sua defesa.
REPERCUSSÃO
Entidades e figuras políticas se posicionaram:
“No
dia de hoje, Áureo Cisneiros, presidente do Sinpol, foi notificado pela
Corregedoria de que será DEMITIDO. Um verdadeiro absurdo. O que mais me revolta
é que todos os membros da Comissão indicaram pela demissão.
Até
porque, todos os Processos Administrativos de Áureo Cisneiros são em decorrência
da atividade sindical. Nenhum dos PAD’s instaurados foi por cometer crimes ou
infrações administrativas. Pelo contrário, todos foram para melhorar as
condições de trabalho e salários dos Policiais Civis, inclusive dos membros
desta Comissão.” Declararam em nota: Grahan Stephan Bentzen Campelo
(delegado), Douglas Campos Ferreira
(comissário), Patrícia de Araújo
Gallindo (comissária).
“A
plenária sindical da CUT Pernambuco realizada, nesta terça-feira (13/11),
aprovou mais uma vez nota de apoio e solidariedade ao companheiro Áureo
Cisneiros, presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol)
que foi notificado pela Corregedoria Geral da Secretaria de Defesa Social de
que será demitido de suas atividades como servidor público.
A
decisão tomada por uma comissão formada por um delegado e dois comissários é
descabida e imprudente. Áureo, ao longo dos quatro anos em que está à frente do
Sinpol, vem lutando por melhores condições de trabalho, valorização profissional
e salarial dos Policiais Civis de Pernambuco.
As
práticas antissindicais são usadas para pressionar servidores e utiliza-se de
demissão, transferência de local de trabalho ou qualquer outra forma que
dificulte ou impeça o dirigente ao exercício de sua função sindical,
configurando-se assim numa ação velada de perseguição.
Solicitamos
ao governador de Pernambuco, Paulo Câmara, que use o bom senso político e não
assine a demissão de Áureo Cisneiros. Na atual conjuntura politica esta
demissão pode ser uma antecipação de graves medidas que, estão sendo discutidas
em nível federal, com intuito de alterar a legislação trabalhista e retirar
todos os direitos da classe trabalhadora.
Basta
de práticas antissindicais contra servidores e sindicalistas!” Declarou
em nota oficial a Central Única dos Trabalhadores (CUT)
“Recebemos
a confirmação de que o Governo de Pernambuco determinou a demissão imediata do
servidor público da Polícia Civil Áureo Cisneiros. O companheiro Áureo, que é
presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol), tem sido
sistematicamente perseguido pelo Executivo estadual e responde a nada menos que
16 processos na Corregedoria Geral da Secretaria de Defesa Social, todos
vinculados a sua intensa atividade sindical - defendendo sua categoria e
demandando melhores condições de trabalho para os policiais civis. Áureo é
também um dos líderes do Movimento Polícia Anti-Fascismo. Este tipo de atitude,
persecutória e autoritária é um desrespeito à democracia e uma grave ameaça ao
direito constitucional que prevê e protege a atividade sindical. Não podemos
aceitar, não podemos nos calar! Exigimos respostas e a revogação desta decisão
absurda”. Declarou a deputada federal, eleita pelo PT,
Marília Arraes.
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