quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

A DEMOCRACIA MORREU E A NÓS FOI NEGADO O DIREITO DE IR AO ENTERRO




Vazamentos de áudios de chefe de Estado. Impeachment de presidenta sem crime. Condução coercitiva sem antes apresentar intimação. Assassinatos de parlamentares e líderes de movimentos sociais. Retirada do líder das pesquisas para presidência com prisão sem provas e julgamento em diversas instâncias em tempo recorde. Juiz que retira o líder das pesquisas do pleito, posteriormente, ganha cargo político no governo eleito. Tentativa de assassinato a parlamentares de esquerda. Ameaças forçam parlamentar a renunciar seu mandato e se esconder. Ligação de presidente e familiares com grupos de milícias...
Parecem fatos retirados de algum livro de história que mostram uma das diversas ditaduras sofridas na América Latina, mas é o recente e atual rumo para qual a democracia do Brasil está sendo levada.
Estado de exceção e ditadura não são imposições imediatas, mas construídas gradativamente com mudanças de regras constitucionais de forma seletiva.

PRESO POLÍTICO

A justiça brasileira (vide Sérgio Moro, governo Bolsonaro e seus capachos) de forma inescrupulosa retiram direitos básicos ao preso político Lula. As últimas decisões de impedir que o ex-presidente receba visitas de religiosos e acompanhe o enterro do próprio irmão rasgam direitos humanos básicos escancarando uma ditadura que, se não freada, pode vir a ser tão ou mais cruel que as que vivemos num passado não tão distante.
Como as democracias morrem? O judiciário e a grande mídia responderam.
A todos nós foi negado o direito de acompanhar o enterro.

Artigo de opinião por Daniel Filho

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