sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

ENTREVISTA COM EUDES FONSECA - parte 3

Foto: Daniel Filho

O tema SAÚDE rendeu uma extensa conversa e, por isso, dividimos em duas partes. O vereador fala da qualidade do transporte oferecido aos pacientes que precisam se deslocar a Recife e as condições de viagem (TDF – Tratamento Fora do Domicílio). Fala ainda sobre clínicas odontológicas dentro das escolas municipais. 
A escola que seu filho está matriculado conta ou contará com esse excelente serviço? Eudes responde. Acompanhe e comente.

George Novaes – Recebemos reclamações sobre o transporte oferecido aos pacientes que precisam ser atendidos fora do domicílio. A maior queixa é de pessoas que precisam se deslocar à capital naquele ônibus de modelo escolar. Quando eles têm como referência, por exemplo, o município de Floresta que usa ônibus fretado com todo o conforto: semi-leito e climatizado. Você já conversou com a secretaria e o prefeito sobre as condições ofertadas pelo nosso município?
Eudes Fonseca – Veja, o transporte TFD (Tratamento Fora do Domicílio), realmente eu ouço muita coisa. Umas pessoas elogiam, outras criticam. É normal. Se não me engano nós temos um micro-ônibus e um ônibus. Particularmente eu nunca entrei lá. Já tive lá para deixar algumas pessoas que me pediram carona, mas para entrar e saber como é dentro do ônibus, vou falar a verdade, não sei. Mas, realmente, é interessante a pergunta. É interessante a gente saber para rever isso aí e dar uma melhor qualidade a cada paciente.

Foto: Daniel Filho

Daniel Filho – Mas como o senhor pode rever essa situação? Através de solicitação?
EF – Solicitação, indicação da câmara. Primeiramente ter um diálogo com o gestor para tentar sensibilizar. Até porque não é um pedido pra mim. Pode até ser um dia no futuro como civil, né? Um dia posso precisar desse transporte. Ninguém sabe o dia de amanhã. Mas eu me comprometo, mais uma vez, em ver isso aí e até algo mais.
Minha mãe mesmo já usou diversas vezes o ônibus e continua usando. Ela, por várias vezes chegou pra mim e disse: “Eudes, é muito difícil a gente viajar porque eu vejo gente que vai e volta levando dois biscoitinhos para se alimentar em um dia e noite de viagem”. Então, assim, ela diz que vê muita gente passando por momentos difíceis.
Eu tenho um compromisso não político, antes de ser político, em ajudar essas pessoas. Não vou citar nomes, mas sempre busco ajudar pagando um lanche, pois sei que não é fácil. Então, assim, seria até interessante mencionar não só a qualidade do transporte, mas, quem sabe, a gente conseguir até mesmo um lanche. Uma coisa simples. Um pão com queijo. Coisas simples que poderão fazer a diferença para aqueles que mais precisam.

DF – É possível a gente ter esperança de que esse Transporte Fora de Domicílio passe a ser fornecido a uma empresa que dê o mínimo de conforto para quem já está em uma situação delicada?
EF – Vê só. Como vereador do município eu vou tentar a solicitação, o diálogo o mais breve possível para ver se a gente têm condições de fazer melhorias. Eu sei que não é o melhor momento, pois estamos passando por momentos de crise. Não só Petrolândia, mas o Brasil todo. Mas, na medida do possível, como vereador, tenho que cobrar, pois fui eleito pra isso.
Em relação à empresa particular de ônibus assumir eu acho inviável, Daniel. Eu acho que o município gastar com passagem daria um valor muito alto e talvez não compensasse. Talvez fosse melhor economizar um pouquinho e comprar um ônibus.

GN – Não se trata de pagar passagem, mas de pagar um frete. Municípios, como Belém, Floresta e até mesmo Petrolândia, há algum tempo, freta um ônibus só para esse serviço.
EF - Eu estou entendendo. Petrolândia há uns dois anos tinha uma parceria. Um convênio, né? E o município cedia a passagem e o paciente ia. Só que isso estava gerando muita despesa. Além de gerar muita despesa nem sempre a empresa tinha passagem.
Eu acho interessante, mas não sei se voltar a fazer essa parceria seria bom. Porque eu sou muito pé no chão. Eu acredito que a gente tem que fazer orçamento e ver como a gente poderá proporcionar à nossa população uma qualidade de transporte melhor que não vá gerar tantos custos ao município. Porque, realmente, o momento não é bom. Mas não podemos abrir mão da qualidade do serviço.

GN – Até porque é uma questão humanitária.
EF – Humanitária. Você falou a palavra certa, George, humanitária.

GN – Petrolândia, às vezes, se compara muito a outros municípios na questão humanitária. Mas acabamos de conversar aqui que Floresta, com bem menos recursos que Petrolândia, mantém, há muitos anos, um serviço de transporte de qualidade.
EF – Assim, eu não gosto de fazer política comparando com ninguém e não gosto de fazer comparações com outros municípios. Realmente Petrolândia tem uma receita maior que a de Floresta, mas eu acredito que nossa cidade pode ter essa deficiência do ônibus, porém temos muitas outras qualidades. Na educação, na infraestrutura, em posto de saúde, hospital. Não estou querendo desmerecer, muito pelo contrário, Floresta tem alguns médicos amigos meus que elogiam muito como você está elogiando. Então quando a coisa vai bem é preciso observar e parabenizar, entendeu?
 Voltando ao ônibus vamos fazer o possível e o impossível para tentar amenizar. Eu sempre gosto de chegar ao prefeito e conversar com ele até porque eu acredito que para você ser um bom gestor tem que ter uma equipe boa porque ninguém faz tudo sozinho. Portanto quando eu vejo algo errado eu vou lá e digo: “Prefeito, vamos melhorar nisso aqui!”
Pode ter sido uma falha minha sobre esse assunto. Eu ainda não tinha falado com ele. Foi bom você, George, e você, Daniel, terem tocado nesse assunto porque agora a gente irá cobrar. Nesses próximos dois dias irei encontrar com ele e quero passar pra ele todas as reclamações que chegaram ao Blog para que possamos tentar solucionar esses problemas.

Foto: George Novaes

DF – Antes do início da entrevista o senhor nos passou a informação sobre as duas novas escolas estarem sendo construídas com consultório odontológico. Queria que falasse mais sobre esse projeto. É só para essas duas escolas ou irá se estender a todas do município?
EF – Em relação aos consultórios odontológicos dentro das escolas já tem. Acho que, se não me engano, foi doutor Simões quem começou. Ele construiu algumas escolas com consultório odontológico, Marquinhos deu continuidade, depois Lourival que também deu continuidade.
A primeira escola que Lourival construiu em Petrolândia foi a Itamar Leite, se não me engano, onde ele colocou consultório odontológico lá dentro para atender as crianças matriculadas. E há em outras escolas como, por exemplo, a Escola 7 de Setembro. Tinha, mas o consultório deu problema e está inativo agora. Se não me engano a Paulo Freire. A Escola 1ͦ de Julho tinha, mas também foi desativada. De cabeça, agora, eu não me recordo não...

DF – Mas, vereador, sabe se existe alguma escola em que esse serviço esteja funcionando?
EF – Tem. Se não me engano a Escola Paulo Freire e a Escola Itamar Leite, que é lá no Bairro Nova Esperança, estão funcionando. Fui dentista na época, antes de ser vereador, das duas escolas. Acho um trabalho interessante levar saúde bucal àquelas crianças desde o pré. E essas duas que estão sendo construídas também são fundamentais, pois a assistência odontológica vai começar praticamente de berço. A criança entra na escola e já vai se familiarizando com o dentista e isso é muito importante.

DF – E você acha que para atender essa demanda, todas as escolas do município, seriam necessários quantos dentistas?
EF – Daniel, antes de disputar o mandato de vereador em 2012, bem antes, eu fui coordenador do centro bucal do município e quando peguei a coordenação tinha, aproximadamente, sete ou oito dentistas no geral, entre hospital, PSF e escolas. Isso no primeiro mandato de Lourival Simões. Quando eu entreguei a coordenação deixei com dezessete dentistas. Então Lourival praticamente dobrou o quadro de dentistas em aproximadamente três anos. Eu acho que isso foi muito proveitoso. Hoje nós temos praticamente a mesma quantidade de dentistas. Entraram alguns novatos. Mas, assim, temos um quadro de quinze a dezessete dentistas. Dá para atender.

DF – São todos contratados?
EF – Não, alguns são efetivos.

DF – Significa que eles dividiriam a carga horária entre hospital, PSF e escolas?
EF – Assim, normalmente, os que vão para a escola são os efetivos. Ou então algum contratado para aquele trabalho específico.

DF – Então podemos criar expectativa de que se estenda, novamente, como no projeto inicial, clínicas odontológicas para todas as escolas municipais?
EF – Eu, como dentista, acho muito interessante. Eu não sei se está dentro das expectativas do gestor municipal, mas eu acho que é muito interessante.


PRÓXIMO TEMA: JUVENTUDE. Eleito majoritariamente pelo público juvenil, perguntamos ao vereador se ainda considera esse setor da sociedade como seu principal grupo de atuação e como ele percebe sua relação com os jovens após eleito.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

BATE-PAPO COM EUDES FONSECA - Parte 2

Foto: Daniel Filho

SAÚDE 

Tocamos no ponto que o vereador mais domina. Por ser profissional da saúde e ter trabalhado na área como funcionário da prefeitura, discutimos longamente sobre o setor no município. Temas delicados e polêmicos, mas respondidas com toda franqueza.
Por ter sido muito extensa, dividimos em duas partes. A começar:

Daniel Filho – Vereador, o senhor costuma visitar o hospital e PSF (Programa Saúde da Família) para avaliar as condições dos serviços?
Eudes Fonseca – Sim. Como minha rotina. Vou ao hospital, passo pelo PSF. Agora, recentemente, eu tive no PSF dos Mandantes, do Limão Bravo, Brejinho da Serra. Já fui profissional de saúde do município e costumo fazer essas visitas.

DF – Segundo sua avaliação onde esse serviço público está como o senhor espera e onde precisa ser melhorado?
EF – Rapaz, essa é uma pergunta um pouco delicada porque a gente sempre espera cada vez mais. Sempre queremos melhoria na área de saúde e educação. Hoje Petrolândia é um município pequeno onde nós tínhamos uma receita considerável devido os impostos da hidrelétrica. Mas agora, recentemente, nós tivemos um corte de 70% dos impostos da usina.
A gente vinha na saúde do município com algumas especialidades médicas. O prefeito vinha arcando com alguns especialistas como cardiologista, urologista, entre outras áreas. Perante a lei não é responsabilidade do município contratar médicos de alta complexidade para o hospital, mas nós tínhamos porque tínhamos como pagar. Hoje a gente não tem essa garantia. Com esse corte de, aproximadamente, R$700.000,00 mil reais por mês, vai fazer falta.
Então não sei se vai ter como manter esses especialistas. A atenção básica primária é, sim, responsabilidade do município e vamos ter que manter. A começar pelos PSF’s. Hoje, se não me engano, o que é repassado do Ministério da Saúde ao município para manter um é, se não me engano, em torno de R$11 a R$ 12.000,00 mil reais por PSF. E esse dinheiro engloba todo o custo. Só que sabemos que só o salário do médico é, aproximadamente, R$12 a R$13 mil reais. Então o que vem não dá nem pra pagar o médico. E sabemos que há outras despesas como dentista, técnico de enfermagem, enfermeiro e material de consumo. Ou seja, a contrapartida do município acaba sendo maior, mas, mesmo assim, a atenção básica é compromisso nosso.

Foto: George Novaes

Eu sempre cobrei muito da gestão municipal até porque sou da área de saúde. A gente vinha fazendo o possível. Sei que não podemos agradar a todos, mas sempre tentamos adequar o sistema da melhor maneira para poder levar uma melhor saúde para nosso povo.
Os PSF’s passaram agora por reformas. Eu até vi, alguns dias atrás, um colega vereador questionando algumas reformas por aparecer rachaduras. Eu acho isso até normal. Por exemplo, estou construindo minha casa lá na Apolônio Sales. E construí pouca coisa. Botei muito ferro embaixo e a casa rachou.

DF – O senhor, então, não acha que falta um estudo técnico antes das construções dos PSF’s já que nosso solo tem suas peculiaridades?
EF – Você diz analisar o terreno, o solo, antes, né? É interessante. Mas eu acredito que a equipe da secretaria de infraestrutura é competente e responsável. Problema sempre vamos ter e a gente vai se adequando para solucionar esses problemas. Voltando aos PSF’s acredito que Petrolândia está quase toda coberta. Claro, ainda falta para a Quadra 3 e um para o centro.

DF – Mas ficarão prontos ainda esse ano?
EF – Há poucos dias vinha conversando com Lourival sobre isso. Eu sei que o da Quadra 3 estava bem adiantado, mas teve que dar uma paradinha. Dá pra entender que o prefeito trabalha com muita segurança. Porque estava na cara que o Brasil ia passar por crise. Então não adianta a gente construir, dar o emprego e depois não ter como pagar o funcionário. Pior do que não dar o emprego é não ter como pagar depois.
O PSF do centro também estava bem adiantado, mas deu uma paradinha para fazer o equilíbrio e ver como vai ficar. Vamos precisar esperar dois, três meses para organizar a casa.

George Novaes – Quanto ao PSF do centro, esse que tinha na Avenida Barreiras, foi fechado? Era esse que seria o PSF do centro?
EF – Na verdade ali não era um PSF, era como se fosse um posto de saúde para dar alguma assistência ao pessoal do centro. Tinha enfermeiro, acho que médico, mas não era legalmente um PSF.
Só que a contrapartida não deu muito resultado. O custo estava sendo bem elevado. A população não estava frequentando muito. Então tinha que reduzir o quadro, diminuir as despesas do município porque o negócio tava começando a apertar. Então optou em fechar lá e todas as necessidades de lá irem para a secretaria de saúde e hospital. Infelizmente. Eu fico triste quando vejo um posto ou escola fechando, mas administrar não é fácil.

DF – Ainda falando sobre saúde. O senhor apontou problemas financeiros do município. Como o senhor vê os programas do Governo Federal como o Mais Médicos e, futuramente, o Mais Especialidades. O município poderá vir a recorrer a esses programas ou você acha inviável?
EF – Eu acho interessante. Eu não sou contra o Mais Médicos e o Mais Especialidades. Eu acredito que tudo que venha para somar é importante não importando de onde vem. O problema que vejo, Daniel, dos médicos estrangeiros é com relação à língua. Acho que deveriam passar por um aperfeiçoamento, de seis meses a um ano, do nosso idioma. Em Petrolândia não tem, mas vejo em outros municípios que a população as vezes não entende o que ele quer dizer. Mas acho importante eles virem.

GN – Você acha que eles precisariam passar pelo REVALIDA(Sistema de Revalidação dos Diplomas Médicos) ou esse aperfeiçoamento do idioma seria o suficiente?
EF – O REVALIDA é para exercer a medicina no Brasil, mas os médicos do programa não fazem.

GN – Mas há uma cobrança da classe médica que eles passem por esse teste.
EF – Rapaz, é democracia. Eu sou favorável que venham, pois estão trazendo saúde, assistência. Eu acredito que Petrolândia não sofre tanto. Nossa cidade hoje tem uma assistência boa... Regular. Mas tem município por aí que não tem médico nenhum. Então acho importante.
Não sou médico, sou dentista. Mas vejo alguns médicos falando que se acham injustiçados, pois eles estudaram tanto, disputaram vestibular e vem os cubanos aí para atrapalhar o negócio deles. Eu não vejo por esse lado.

PRÓXIMA PARTE – Ainda tratando do tema saúde o vereador comentará sobre as condições dos ônibus usados para os pacientes que precisam se deslocar para Recife (TFD - Tratamento Fora de Domicílio) e sobre o funcionamento de consultórios odontológicos em escolas municipais. Aguardem.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

ENTREVISTA COM O VEREADOR EUDES FONSECA

Foto: George Novaes

Assim como na entrevista com o vereador Rogério Novaes, iremos publicar a entrevista por partes temáticas.
Na primeira debatemos sobre agricultura: Instalação da balança para pesagem de produtos agrícolas produzidos no município e Ceasa. Em que pé andam esses projetos e qual a expectativa se pode alimentar? As primeiras questões foram lançadas por leitores que preferiram não se identificar:

Daniel Filho: A primeira pergunta é sobre o “balanção”. Balança de pesagem dos caminhões para deixar mais clara a produção agrícola do município. Por que até hoje não foi instalada? Sabe algo sobre?
Eudes Fonseca: Primeiro quero agradecer pela oportunidade de estar sendo entrevistado pelo Blog Gota d’água. Agradecer a você, Daniel, e George. Respondendo, realmente há um tempo foi levantada essa questão de se comprar uma balança. Acredito que até já foi comprada. Agora, assim, dentro da real, eu não sei onde foi que parou o processo e o porquê de não ter sido executado. Acredito que seja de grande importância para nossos agricultores, principalmente do Icó-Mandantes, que é onde está prevista para ser instalada. Mas eu posso me comprometer a vocês e ao povo de saber o motivo de não ter sido instalada.

DF – Então na próxima sessão aberta da câmara o senhor se compromete de trazer essa resposta?
EF – Com certeza. Amanhã mesmo vou buscar junto ao prefeito para resolver essa questão o quanto antes.

OBS: Até o fechamento dessa publicação ainda não recebemos o parecer.

Foto: Daniel Filho

George Novaes – Também pergunta de leitor ainda sobre agricultura. Os produtores e comerciantes aguardam até hoje pela Central de Abastecimento (CEASA) de Petrolândia. Ceasa que já teve até local para ser construída, mas hoje, sabemos, estão sendo construídas escolas. Esse importante serviço aproxima o produtor do consumidor, maximizando os lucros. Por ser um plano tão antigo, o que a população pode esperar sobre o futuro dessa central?
EF – Olhe, George, no meu ponto de vista acho que a construção da CEASA para o nosso município é fundamental. Eu sempre cobrei e sempre bati na tecla por ela. Não só por meus pais serem agricultores, mas porque conheço a realidade do agricultor.
Há aproximadamente um ano eu tive uma conversa com o gestor municipal onde ele trouxe a proposta de construir a CEASA onde seriam as casas populares do projeto Minha Casa, Minha Vida, do governo federal. Levaria a construção para dentro do projeto Apolônio Sales onde tem uma área bem grande.
Vendo a proposta achei até interessante, pois seriam dois problemas resolvidos: casa popular a quem precisa e CEASA para o perímetro irrigado, Apolônio Sales e Icó-Mandantes. Não sei como está hoje a situação, mas sei que está em andamento. Como vereador não abro mão.

GN – Se observarmos que no estado de Pernambuco todas as CEASA’S ficam na área urbana visto que a ideia da central não é servir de depósito, mas ser ponto de comercialização. A transferência dela para o Projeto Apolônio Sales, não ficaria inviável com relação a questão do acesso para o povo?
EF - Realmente acredito que dificulte um pouco o acesso do produto ao consumidor. Mas pode ter facilidade de chegar lá se propormos o asfaltamento do percurso.

DF – Então dá para considerar que o projeto da CEASA no projeto Apolônio Sales já inclui o asfaltamento do percurso?
EF – Não. Inclui não. Mas que a gente pode solicitar. Acho que justifica ser lá porque está dentro do perímetro irrigado. Então vai ficar fácil para o agricultor, mas vai dificultar um pouco para quem vai comprar lá. Mas se a gente conseguir asfaltar não vai ter dificuldade.

GN- É uma inversão, né? Porque se a gente observar o primeiro projeto que era construir perto do parque de vaquejada, podemos ver qual foi o primeiro investimento: o acesso. Primeiro a pavimentação para, só depois, construir a CEASA. Esse é o caminho mais correto.

DF – Eudes, na sua visão, esse caminho que está sendo tomado de construir a CEASA para somente depois asfaltar, é correto ou inviável?
EF- Rapaz, eu assino embaixo que seja feita no projeto. Não que seja feita primeiro. Realmente é uma controvérsia. Se puder fazer primeiro a terraplanagem, depois o asfalto, é melhor, entendeu? Mas porque não fazer tudo ao mesmo tempo?

DF – Sendo a agricultura fundamental para nossa economia, além de asfaltar dá para pensar também em transporte coletivo?
EF – É importante. Há algum tempo eu já havia falado com meu assessor, Elson, que sou de acordo que não se criasse um sistema de transporte coletivo público privado, mas que criasse um sistema para transportar aquelas pessoas que vêm do Icó, do Brejinho, do Projeto Apolônio Sales. Eu moro no Apolônio Sales, de lá para o centro dá uma distância aproximada de nove a dez quilômetros e, quando venho vejo muita gente pedindo carona, pois não têm transporte, não tem celular para chamar um moto táxi.
Então, assim, vejo essa deficiência. Então acho interessante que se criasse um programa municipal junto ao governo do estado ou mesmo governo federal, que se criasse transporte para esse pessoal. Se não gratuito, mas que cobrasse uma taxa simbólica só para manutenção do transporte.

DF – Então podemos esperar que esse projeto saia como solicitação ou mesmo projeto seu?
EF – Pode. Até porque já venho discutindo isso com minha assessoria. Estamos vendo um jeito de apresentar isso na câmara.

DF – Ainda para esse semestre?
EF – Acredito que sim.

DF - Sendo da base aliada você já conversou com o prefeito para saber se ele aprova a ideia?

EF- Não. Sobre isso ainda não conversei com ele não. Primeiro estou fazendo a articulação. A parte burocrática pra chegar até ele já com o projeto e argumentos em mão para termos sucesso na indicação.

PRÓXIMO TEMA: SAÚDE. Pela extensão da conversa, será dividida em duas partes. A abordar: Qualidade dos serviços de saúde do município (Hospital e PSF), Programas federais Mais Médicos e Mais Especialidades, Condições dos transportes para os pacientes que precisam se deslocar a Recife, crise...





terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Petrolândia discute a Lei de Cargo e Carreira do Magistério para 2015

Está em pauta na Câmara de Vereadores de Petrolândia-PE o Projeto de Lei nº 1.110/2015, que altera a Lei de Cargo e Carreira do Magistério. Iniciando as negociações de reajuste salarial com a entidade que representa os professores — SINPRO PE. O Projeto de Lei encaminhado a Câmara de Vereadores não agrada a classe.
Foto: G Novaes
Na tarde desta segunda-feira (26) o prefeito Lourival Simões reuniu-se na Sala de Reuniões da Prefeitura com os representantes do SINPRO PE, os professores Evaldo José do Nascimento Araújo e Sebastião Pereira, a secretária de Educação do Município a Srª Araci Fernandes Barbosa e o líder do governo na câmara o vereador Sílvio Rogério (PSC) para apresentar e explicar a proposta deste PL.
Fundamentado nos Artigos 21 e 22 da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) o prefeito Lourival Simões justificou a impossibilidade de atender duas das reivindicações dos professores, a primeira um aumento de 13.01%, assim como o governo federal e entidades estão em negociação. O segundo ponto é sobre um acordo feito em 2014 em que deveria ser pago além dos 2% sobre tempo de serviço um acréscimo de 0,75%.
Prefeito Lourival Simões e Sec. de Educação Araci Fernandes

Sobre o aumento de 13,01% e os 0,75% o prefeito disse estar travado pela LRF não tendo o que fazer sobre estes pontos, que está realizando ações que possa manter as contas do município no limite prudencial de 54% de despesas com pessoal e que não pode prever com exatidão quando alguma das demandas poderão ser revistas e aceita pelo executivo, lembrando que em Petrolândia 97% de sua receita vem da geração de energia, setor em crise por causa de questões climáticas e por este motivo deve perder entre 12 e 14 milhões para 2016 e que muitas coisas vai depender do bolo fiscal da União e do Estado, algo imprevisível, “a presidenta Dilma Rousseff e os governos estaduais estão brincando com as receitas dos municípios”. Confirmou que para 2015 as vagas para professor serão por meio de um “processo simplificado de seleção”. Petrolândia terminou em dezembro de 2014 com 55,23%, tendo que reduzir em 1,23% para se adequar. O reajuste do salário mínimo e o piso é a possibilidade, isto não pode deixar de ser pago, para tanto já realizou demissões em todos os setores readequando as contas à realidade de 2015 dentro de um cenário nacional.
Prof. Sebastião Pereira e Prof. Evaldo Nascimento
SINPRO PE

O prof. Evaldo Nascimento fez uma breve análise a partir das negociações de 2014, criticando o não cumprimento do pagamento dos 0,75%, acordo feito entre os professores e o prefeito Lourival, sendo um dos critérios para encerramento da greve naquele período. Falou que o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e os recursos do FUNDEB vêm aumentando e não acredita na impossibilidade de cumprir o acordo firmado em 2014 e que esperava mais compreensão e empenho do gestor para a negociação em 2015, “é o município mais difícil para negociar estes pontos, outros em situação mais delicada que a de Petrolândia as negociações avançaram, cobrando bom senso por parte do prefeito”.
Ficou clara a insatisfação do sindicato em relação ao aumento salarial e não escondeu o desapontamento de seus representantes. O SINPRO PE defende os interesses da classe e que não é por falta de dinheiro que não se cumpriu o acordo de 2014, por outro lado o prefeito diz que não pôde por questões de responsabilidade fiscal. Não satisfeitos com a rodada de negociação o SINPRO PE realizou na noite de segunda-feira (26) na Câmara de Vereadores uma assembleia para informar os professores à proposta do prefeito Lourival Simões que é de aprovar o Projeto de Lei enviado aos vereadores e continuar um diálogo nos meses de fevereiro e março avaliando a possibilidade de, enfim, terem um acordo que possa englobar as exigências dos professores e estabelecer critérios de como irão conduzir a conversa com o executivo.
Mas ao final, ficou definido que o PL será retirado da pauta da Câmara e em próxima reunião marcada para 20 de março será apresentada nova proposta de PL e em assembleia do SINPRO PE, provavelmente em mesma data, tomarão decisões sobre quais ações serão adotadas pela classe, não descartando a possibilidade de nova paralisação já para este primeiro semestre de ano letivo.
Segundo o sindicato, diz que: "defende o cumprimento do acordo feito entre o prefeito e o sindicato que aumentaria o salário dos professores em 0,75% a partir de agosto de 2014, o aumento de 2% a título de avaliação de desempenho também a partir de agosto de 2014 e que o aumento de 13.01% seja transferido aos vencimentos dos professores de forma integral, ou seja, aumento do salário base, aumento da gratificação de exercício do magistério, aumento na gratificação de difícil acesso e manutenção do aumento real de 6% conseguido após a greve do ano passado. Após longos debates com posicionamentos em alguns pontos convergentes na maioria dos pontos divergentes e diante da impossibilidade da concretização das propostas de imediato, as partes entraram em acordo, se comprometendo em encontrar alternativas para a integralidade do pleito."

S.O.S INSS - DENÚNCIAS DE MAU ATENDIMENTO NO POSTO PETROLÂNDIA

Foto: Daniel Filho

Um grupo de cidadãos de Petrolândia-PE apresentou ao blog Gota d’Água reclamações contra o atendimento no posto da Previdência Social no centro da cidade. Também leitores falam da proibição onde as pessoas têm que esperar por atendimento na área externa do prédio do posto da Previdência Social onde recebem uma senha e de três em três são chamados para dentro do posto que tem boa infraestrutura com assentos, água e ar-condicionado, e poderiam acomodar todos inclusive idosos e mulheres com crianças recém-nascidas.

Foto: Daniel Filho
Mesmo sabendo que algumas práticas no atendimento aos idosos nos setores públicos beiram a violência, os profissionais envolvidos preferem culpar o colega ou até mesmo a instituição demonstrando falta de sensibilidade com os que precisam de atendimento.
Dona Severina Jesuína dos Santos, moradora da quadra 14 foi orientada a esperar fora recebendo uma senha, “acho injusto esperar aqui fora” disse ela ao Gota d’Água. Já dona Maria Cícera Leite da Silva que mora no Projeto Apolônio Sales, 48 anos, acompanhava sua mãe a senhora Vicência Maria da Conceição de 94 anos e que esperava na mesma situação fora do prédio com uma senha aguardando ser convidada a entrar, ela disse que em outros lugares sua mãe teve sempre garantido atendimento preferencial imediato e individualizado junto aos órgãos públicos e privados prestadores de serviços à população como determina o Estatuto do Idoso (LEI No 10.741, DE 1º DE OUTUBRO DE 2003).

Foto: Daniel Filho

Tentamos falar com o responsável pelo atendimento no posto, que nos foi informado apenas que se chama Rodolfo e marcou entrevista para próxima semana para tratar das reclamações dos cidadãos.
Uma melhor qualificação e capacitação dos funcionários que atuam no serviço público devem ser contínuas, mas o problema também está na gestão destes órgãos.
O cidadão, muitas vezes, não reclama do mau atendimento e isso não acontece apenas com os mais idosos e com as mulheres, mas com a maioria das pessoas que dependem dos serviços. Eles não reclamam por medo de não serem atendidos como disse uma das senhoras entrevistadas.
O INSS tem o serviço de Ouvidora-geral da Previdência Social que presta um pós-atendimento, ou seja, atua atendendo aquele que já tenha entrado em contato com os órgãos da Previdência Social e queira fazer alguma sugestão, reclamação, elogio, denúncia ou outra solicitação sobre os serviços prestados.


OUTROS MEIOS DE CONTATO COM OS SERVIÇOS:
• Central de Atendimento 135 – Via Telefone
• PREVCartas – Correspondência:
Caixa Postal 09714 – CEP 70040-976 – Brasília-DF


segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

CARA EU GANHO. COROA VOCÊ PERDE! por George Novaes

Foto: George Novaes

No ano passado, famílias organizadas da Associação Habitacional Catingueiras realizaram ocupação das casas do programa Minha Casa, Minha Vida, próximo a antiga Escola Agrícola (hoje Centro de Referência do IF) um dos maiores e mais precários bairros de Petrolândia. Essas famílias necessitavam de moradia: sofriam com o aluguel abusivo e moradias precárias. Se estavam lá era porque a população não tem acesso à moradia, direito constitucional (artigo sexto) que os governos insistem em não garantir. O terreno ocupado tinha cerca de 3 ou 4 dúzias de casas que estavam inacabadas e abandonadas, sem nenhuma serventia.

Foto: George Novaes


Foram retirados das casas que estavam morando com presença da Tropa de Choque da PM-PE, Conselho Tutelar e toda uma logística cedida pela prefeitura municipal, só esqueceram-se de dar destino adequado e humanitário para as famílias que foram jogadas em frente ao Ginásio Municipal de Esportes de Petrolândia PE sob sol e chuva com crianças, adultos, idosos e seus móveis.

Sob ameaças e riscos diversos quase se consumava a morte por exposição de crianças, mas a ocupação seguiu firme na tentativa uma melhor saída para aquela absurda situação que vivenciamos. Durante aquela campanha lembro-me de um cartaz com uma pergunta que hoje ainda é atual “FOI ESSA ASSISTÊNCIA LOURIVAL”? E dessa forma foram recebendo apoios de parlamentares, figuras públicas, artistas, professores, estudantes e apoiadores de toda a cidade. As famílias seguiram organizadas e mobilizadas. Após o batismo da ocupação de o “PESSOAL DO GINÁSIO” ou “DAS CASINHAS”, iniciou-se um processo de negociação que envolveu toda a sociedade. A pauta do movimento era clara: uma solução habitacional para as famílias sem-teto.
Assim as famílias seguiram resistindo pacificamente e dezenas de aliados prestando apoio político, físico e simbólico à ocupação!
Com alguns dias foi firmado um acordo entre Prefeitura, Secretarias municipais, igrejas e Associação Habitacional Catingueiras para a doação lotes em local sem as menores condições de moradia, num terreno indicado por Jadilson Ferraz (PROPRIETÁRIO) e que seria adquirido por Lourival Simões (PREFEITO). Neste acordo não vi motivos para se comemorar, mas foi aceito. Foi um grão de esperança numa cidade onde o poder público não apresenta estratégias para acabar com a falta de moradia e este povo é vítima da cruel lógica urbana das cidades sertanejas.

Foto: George Novaes

As famílias seguirão organizadas e em luta, pois sabiam que termos de compromisso sem pressão popular podem rapidamente ser ignorados. Não adiantou, e foram ignorados!
A elite é intransigente. Não aceita concessões, por menores que sejam. Qualquer pequeno incômodo é tratado como abalo sísmico por seus representantes no poder, na mídia e em seu habitat natural, o dinheiro.
Trata-se de mais uma demonstração da força dos poderosos!
A força da luta das famílias pobres de Petrolândia precisa vencer o ódio.

Foto: George Novaes


Foto: George Novaes


Foto: George Novaes


Foto: George Novaes


Foto: George Novaes


Foto: George Novaes


sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

SALVE O LAGO DE ITAPARICA


Foto: Fábio Santos

O 2º Encontro do grupo Salve o Lago de Itaparica organizado pelo próprio grupo e a ARBio é parte dos trabalhos ambientais onde se faz esclarecimentos sobre atividades potencialmente causadora de degradação ambiental, como é o caso das atividades de exploração, produção e coleta de resíduos.

Foto: Fábio Santos

É desta discussão que deve nascer soluções, sensibilizando e conscientizando para somar pessoas num objetivo comum de salvar o rio São Francisco e todo Meio Ambiente. Muitos dos participantes disseram que a luta está apenas no começo e já sabem que existem obstáculos e pessoas que tentaram desmotivar os que têm coragem e que buscam por melhores condições de vida, mesmo sabendo que prevenção e respeito a natureza é dever de todos e não pode parar.
Neste encontro estiveram além da sociedade civil, CDL, vereadores e secretários municipais na intenção do entendimento sobre a importância de um planejamento que vise fazer de Petrolândia-PE uma cidade com desenvolvimento sustentável.
Teve como finalidade expor ao público as características do Plano Municipal de Gestão dos Resíduos Sólidos (PMGRS) e a divulgação da criação da ONG Salve o Lago de Itaparica pela secretária de Serviço Social do município Anna Tereza de carvalho Leal Simões e proponente da ONG.

Foto: Daniel Filho

Após vários questionamentos sobre a situação ambiental e mais uma vez foi cobrado a formação do Conselho Municipal de Meio Ambiente, foi abordados planos para uma Educação Sustentável, e sobre Coleta Seletiva em Petrolândia-PE. A Casa da Juventude apresentou trabalhos com a reutilização de materiais na construção de artes plásticas e enfeites, assim como a Secretária de Saúde apresentou algumas ações também no sentido de colaborar para os cuidados ambientais, o Projeto da Olimpíada Científica foi apresentado pelo prof. Roberto Oliveira e a participação do secretario Rosivaldo Castor da SESURB que explanou sobre o plano de coleta de lixo em 2015.
Desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, garantindo a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro.

Foto: Fábio Santos

Essa definição surgiu na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pelas Nações Unidas para discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos: o desenvolvimento econômico e a conservação ambiental.
Sendo uma opinião unanime de que é na escola que nasce as mudanças para transformar este contexto, o prof. George Novaes disse que a Educação Ambiental aponta para propostas pedagógicas centradas na conscientização, mudança de comportamento, desenvolvimento de competências e participação dos educandos.
Para a evolução de uma proposta de mudança é preciso aprender sobre a vida sustentável. Com a missão de promover valores verdadeiros e proporcionar experiências educativas práticas, a ARBio juntamente com o Grupo Salve o Lago de Itaparica e todos cidadãos pede a implementação de  infraestrutura, infraestrutura para uma escola de estudos sustentáveis e que possa desenvolver tecnologias e soluções apropriadas para a realidade atual. A parceria que se forma vem colaborar fortemente para a construção de uma nova ordem local e regional através de sistemas mais ecológicos, novos modelos agrícolas, como a agricultura orgânica e a permacultura.
É cada vez mais importante que todos tenham consciência de que é parte integrante do mundo e não consumidoras do mundo.

Foto: Fábio Santos

Para a ARBio a colaboração e as parcerias com o mundo privado representam um pressuposto essencial para um futuro sustentável, ajudando desta forma a trazer o conceito de sustentabilidade da teoria para a prática.
Ficou previsto para dia 9 de fevereiro mais um encontro e ficou definido que será encaminhado ofício requerendo do responsável pelo PMGRS, provavelmente o secretário de Agricultura e Meio Ambiente Fábio Luiz Menezes, para que apresente o PMGRS com finalidade de que seja de conhecimento e entendido pela sociedade, podendo a partir daí elevar as discussões no sentido de colaborar para sua execução.
A mensagem que fica é de que muitos não acreditam num movimento em defesa do M.A. e que a proposta inicial era vista como algo que jamais iríamos alcançar – uma utopia, e em nossas conversas, “ainda estamos construindo essa utopia, cada dia mais perto. Esta utopia também cresce com a gente, pois a cada dia podemos ver que o grupo cresce e um grupo de pessoas comprometidas sempre será a força que construirá o mundo melhor”.
Aos que desacreditam, nós só lamentamos!

Foto: Fábio Santos


quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

REAJUSTE DO PISO SALARIAL. COMO PODEM FICAR OS SALÁRIOS DOS PROFESSORES EM PETROLÂNDIA



O piso salarial do magistério foi reajustado em 13,01%, significa que professores em início de carreira, com carga horária de 200hrs/aula, passarão a receber R$1.917,78.
O reajuste se dá uma vez por ano assegurados pela lei 11.738 de 2008, assinada pelo então presidente Lula.
Apesar do piso salarial ser uma conquista histórica da classe trabalhadora de educação, consideramos que, ainda, não repara a defasagem histórica e tampouco incentiva o ingresso de jovens ao magistério. Basta analisarmos quanto passaria a ganhar um doutor com 200hrs/aula em fim de carreira. Meros R$3.501,29. Conhecem algum doutor na rede pública de ensino municipal ou estadual? Difícil.
A tabela publicada aqui se refere ao possível plano de carreira do município (Petrolândia) após o reajuste, podendo haver alguma alteração, visto que a câmara aguarda parecer favorável do SINPRO. A câmara informa não ter recebido as tabelas referentes a gratificações de locomoção e difícil acesso.
Quanto aos salários dos professores da rede estadual não há nenhuma informação oficial vinda do novo governador Paulo Câmara. Não sabemos ainda se ele manterá a política de Eduardo Campos nos últimos anos de pagar somente a partir de Abril e retroativo em parcelas os meses anteriores, ou mesmo se pagará acima dos 13,01%, visto que a promessa de campanha era dobrar o salário dos professores da rede estadual até o fim de seu mandato. Fazendo uma conta lógica o governador deveria reajustar, todo início de ano, em 25% o salário dos docentes. Alguém acredita?

Abaixo tabela de como deverá ficar o salário da rede municipal (e estadual, caso o governador siga o reajuste nacional):